Ilustrativo
OESTE PAULISTA

Presidente Prudente – Ovos de mosquitos da dengue infectados com bactéria para impedir que os vírus da dengue se desenvolvam

A partir de janeiro de 2025, Presidente Prudente começará a receber os primeiros lotes de ovos infectados com a bactéria Wolbachia, vindos do Rio de Janeiro. Eles serão usados para criar tanto machos quanto fêmeas de mosquitos conhecidos como Wolbitos, isto é, Aedes aegypti com Wolbachia. A iniciativa faz parte da estratégia que envolve a liberação dos Wolbitos infectados, impedindo que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam neles e reduzindo assim a transmissão de arboviroses.

A produção dos microrganismos será realizada em uma biofábrica que será construída no antigo prédio do Centro de Fisioterapia do Idoso, no Jardim Everest. A usina contará com a colaboração da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) para garantir a criação e liberação dos mosquitos. As obras devem estar concluídas até dezembro deste ano para funcionar conforme o cronograma estabelecido, contando com servidores do município, do Estado e técnicos da própria Fiocruz.

Nessa quarta-feira, foram discutidos os trâmites para a construção dessa nova instalação em reunião com a presença do secretário municipal de Saúde, Breno Erbella, do secretário municipal de Obras, Mateus Grosso, e do líder institucional do WPP (World Mosquito Program) da Fiocruz, Diogo Chalegre.

Durante 20 semanas, os Wolbitos serão liberados em Prudente, contribuindo para a redução da população de mosquitos transmissores da dengue. Além deste método, estão sendo utilizadas as ovitrampas, armadilhas que coletam ovos de Aedes aegypti para, posteriormente, serem levadas para estudos. As armadilhas são instaladas em pontos estratégicos e depois recolhidas para secagem e contagem.

 

Creditos: O Imparcial de Prudente