Antonio Luciano Teixeira
OESTE PAULISTA

Tupi Paulista – Pérolas da internet Maravilhosa língua portuguesa…

Não é à toa que os estrangeiros acham a nossa língua muito difícil e na verdade não é fácil.

São raros brasileiros que usam corretamente a língua portuguesa conforme as regras da gramática e suas exceções e regionalidade que estão sempre presentes.

Como a língua portuguesa é rica em expressões!

Veja o quanto o vocabulário “alimentar” está presente nas nossas metáforas do dia-a-dia.

Aí vai um texto genial com ditos populares.

Pergunta: – Alguém sabe explicar-me, num português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão “no frigir dos ovos”?

Resposta: – Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar.

Só que depois de certo tempo dá crepe, vai perceber que comeu gato por lebre e acaba ficando com a batata quente nas mãos.

Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre vai ter ideias e para descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa.

E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo à fava. Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo.

 

Contudo é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe.

 

Afinal não se faz uma boa omelete sem ovos. Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca da criança e vai com muita sede ao pote.

Mas como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa, com a faca e o queijo na mão, perdem-se em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese… etc.).

Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor que sai com cara de quem comeu e não gostou. O importante é não cuspir no prato em que se comeu, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco.

 

Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

 

Por outro lado, se tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não.

 

O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco…A carne é fraca, eu sei.

Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca, e depois quando se junta a fome com a vontade de comer as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar.

Puxe a brasa à sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega à cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.

Entendeu o que significa “no frigir dos ovos”?”(Autor desconhecido)

Antonio Luciano Teixeira

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