Tupi Paulista – Todos os Santos e Finados
Uma data ilumina a outra – As Igrejas Cristãs iniciam o mês de novembro com duas grandes celebrações, a primeira a Solenidade de Todos os Santos (1/11) e a segunda, a comemoração dos Fiéis Defuntos (2/11). Essas duas celebrações apontam para a eternidade e para o chamado universal à santidade.
O Dia de Todos os Santos é comemorado em 1º de novembro, celebrando todos os santos, canonizados ou não, e o Dia de Finados ocorre no dia seguinte, 2 de novembro, dedicado à oração pelos fiéis defuntos. As duas datas marcam, respectivamente, a santidade universal e a memória dos que já partiram, fortalecendo a esperança cristã na vida eterna e na comunhão dos santos.
D. Manuel Pelino Domingues (Bispo emérito de Santarém – Portugal), Nos ensina em matéria publicada pela Agência Ecclesia (2017) que a Solenidade de Todos os Santos ajuda a “entender” o Dia dos Fiéis Defuntos.
Também disse: “Estes dois dias ensinam-nos o que é essencial e mais belo. Não caminhamos só para a escuridão do túmulo, mas para a luz plena de Deus”, “A vida é breve e mede-se pelo saldo de solidariedade que levamos para a eternidade”, acrescentou.
É uma festa que se conecta com a ideia de que todos os cristãos são chamados à santidade.
Dia de Finados (2 de novembro): Celebra a memória dos fiéis defuntos. É um dia dedicado à oração pelos que já morreram, especialmente as almas do purgatório, para que encontrem o descanso eterno.
No Brasil, apenas o Dia de Finados é feriado e as pessoas geralmente visitam os túmulos neste dia rezam pelos entes queridos e costumam ornamentar seus túmulos, é um dia dedicado à memória e oração pelos mortos.
Ao celebrar a Comemoração dos Fiéis Defuntos, a Igreja faz memória da Páscoa definitiva de todos os irmãos e irmãs.
Esta celebração manifesta a solicitude cristã por aqueles que já morreram e, pela fé em Cristo, a confiança de que o amor de Deus resgata para si todos os seus.
O arcebispo de Passo Fundo (RS), Dom Rodolfo Weber, destaca que essa celebração coloca diante das reflexões o drama humano da morte.
Ter consciência da finitude e conviver com ela suscita interrogações e a busca de sentido para o viver e o morrer”, explicou em artigo.
Na celebração de Todos os Santos, recorda-se todos os falecidos que estão diante de Deus na eternidade.
Nela, o louvor e ação de graças dos fiéis reunidos juntam-se aos dos Santos Apóstolos, Mártires, Profetas e de todos os homens e mulheres que, na fidelidade evangélica, deram testemunho da vida e do amor de Jesus Cristo.
Essa celebração é realizada aqui no Brasil no domingo para melhor participação dos fiéis, conforme decisão da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O arcebispo emérito de Maringá (PR), Dom Anuar Battisti, destaca que é uma “festa de grande alegria e esperança para nós, cristãos”.
“Este dia nos convida a olhar para a multidão de homens e mulheres que, vivendo em diversas épocas e circunstâncias, alcançaram a santidade e agora estão na glória de Deus. Esses santos são nossos modelos e intercessores, e a celebração nos lembra que todos nós somos chamados à santidade, como nos diz São Paulo: ‘Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação’ (1Ts 4,3)”.
O convite dessa celebração é a refletir sobre a santidade como um chamado universal, segundo o bispo de Frederico Westphalen (RS), Dom Antonio Carlos Rossi Keller.
“Cada cristão, pelo Batismo, é chamado a ser santo, independentemente de sua vocação ou estado de vida.
A vida dos santos nos oferece exemplos concretos de como viver a fé em meio às dificuldades e desafios do cotidiano. A santidade não se resume a grandes feitos, mas se manifesta na fidelidade às pequenas coisas, no amor ao próximo e na busca constante por Deus”.
Dom Keller recorda ainda que a liturgia do dia nos lembra que a santidade é acessível a todos e que cada um, em sua particularidade, pode contribuir para a construção do Reino de Deus.
“A intercessão dos santos nos encoraja a perseverar na fé, sabendo que não estamos sozinhos em nossa jornada.
Assim, a celebração de Todos os Santos se torna um convite à conversão e à renovação do compromisso de viver a santidade em todas as dimensões da vida”.
Fonte de pesquisa: www.cnbb.org.br
Antonio Luciano Teixeira




