Tupi Paulista – Desinformação
Pois é, ante tanta informação chegamos à Desinformação, que é um conjunto de práticas e técnicas de comunicação que visam influenciar a opinião pública por meio da difusão intencional de informações falsas, distorcidas ou tendenciosas. O termo refere-se tanto a uma prática – desinformar – como a um conteúdo, a desinformação.
A Organização das Nações Unidas (ONU) define desinformação como a disseminação proposital de conteúdos enganosos para enganar e causar danos.
A desinformação tem como propósito consciente lesar direitos das pessoas para a obtenção de vantagens indevidas, sejam políticas ou econômicas. Caracteriza-se pela disseminação massiva impulsionada por ferramentas digitais que possibilitam que conteúdos enganosos alcancem uma ampla audiência.
Em síntese, o conceito implica o dolo (má-fé) e a escala (virtualmente planetária).
Presente em diversas áreas da vida social, desinformação é um fenômeno antigo, que abrange desde a publicidade enganosa até a manipulação de documentos, como mapas, fotografias, etc. Embora seja um problema histórico, a desinformação tem se intensificado nos últimos anos.
A desinformação, apesar de falsa, possui características que a tornam persuasiva: ela faz sentido para quem a recebe, cria falsas crenças e é disseminada de forma estratégica.
A difusão de desinformação não é restrita ao contexto das mídias sociais, muito embora, tais recursos sejam empregados em práticas de desinformação que visam restringir, minar ou desacreditar instâncias produtoras e divulgadores de conhecimentos como as universidades e a imprensa livre.
Frequentemente a desinformação, é pautada em teorias conspiratórias e pode se infiltrar em discursos aparentemente convencionais e se propagar rapidamente, influenciando o comportamento das pessoas.
Ela visa destruir a capacidade compartilhada e coletiva de percepção da verdade factual. Sobre seu impacto nas relações sociais, Eugênio Bucci indica que – “Se a informação ajuda a tecer laços de confiança na esfera pública, a desinformação dissolve esses laços”.
O termo é diferenciado de informação falsa, que se refere à propagação não intencional de informações incorretas.
Nessa prática, a informação falsa não é compartilhada com o propósito de prejudicar ou causar danos. As pessoas compartilham informações incorretas sem ter consciência de sua falsidade Alheios ao caráter falso dos conteúdos, os sujeitos captam e compartilham conteúdos.
Em síntese, desinformação é uma prática de comunicação para enganar, possui motivações políticas ou financeiras, objetiva causar danos em termos políticos, sociais ou econômicos, é direcionada a pessoas, grupos ou instituições em situação de vulnerabilidade, deliberadamente oculta seus produtores e promove indivíduos e grupos com influência política ou econômica.
Operacionalização – A desinformação pode ser feita por agências de inteligência governamentais, por organizações não governamentais e empresas.
Organizações de fachada configuram instância de desinformação, pois enganam o público sobre seus verdadeiros objetivos e controladores.
A desinformação tem sido intencionalmente disseminada em mídias sociais, apresentando-se como notícias falsas, ou seja, desinformação disfarçada como artigos de notícias legítimos, com o objetivo de enganar as pessoas.
A desinformação pode incluir a distribuição de documentos, manuscritos e fotografias falsificados, ou a propagação de rumores.
O uso dessas táticas pode levar a repercussões negativas, trazendo consequências indesejadas como processos por difamação ou danos à reputação da pessoa ou instituição que desinforma.
Fonte: www.wikipedia.org
Antonio Luciano Teixeira