Tecnologia e bem-estar: quando o digital vira aliado de hábitos saudáveis
Relógios que monitoram o sono, aplicativos que te lembram de beber água, pulseiras que contam passos: a tecnologia se tornou uma grande aliada (pelo menos na maioria dos casos) na busca por uma vida mais equilibrada. Com tanta informação disponível, a dúvida que surge é: esses dados realmente ajudam a mudar hábitos ou só aumentam a ansiedade de “fazer tudo certo”?
Segundo um levantamento do McKinsey Health Institute (2024), 73% dos brasileiros dizem usar algum tipo de tecnologia voltada ao bem-estar. No entanto, apenas 28% afirmam sentir que essas ferramentas os ajudam a sustentar hábitos de forma consistente. A tendência, segundo especialistas, aponta para uma nova fase: menos foco em métricas e mais em consciência e regularidade.
Nesse contexto, começam a ganhar força soluções que unem simplicidade e autoconhecimento, ferramentas que incentivam o usuário a olhar para si, e não apenas para o relógio ou gráfico de desempenho. É o caso do Superdash, primeiro diário inteligente dentro do WhatsApp. Criado pelo empreendedor Marcelo Loureiro, o produto propõe transformar poucos minutos do dia em um momento de atenção intencional. Por meio de perguntas curtas sobre sono, emoções e rotina, o sistema com inteligência artificial organiza respostas, identifica padrões e devolve provocações personalizadas.
“O que percebemos é que muita gente já sabe o que precisa fazer para viver melhor, mas não faz. O Superdash nasceu dessa ideia: usar a tecnologia para apoiar a consciência, não o controle”, explica Marcelo. “A tecnologia tem um papel importante quando se coloca a serviço da reflexão, e é isso que buscamos fazer de forma leve e sustentável.”
O Superdash integra uma onda de soluções digitais que tratam o bem-estar de forma mais ampla. Apps como o Headspace e o Calm, por exemplo, ganharam espaço ao introduzir a meditação e o descanso mental na rotina. Agora, ferramentas como o Superdash avançam um passo além: trazem o registro pessoal diário como forma de entender o impacto das pequenas escolhas (o que se come, quanto se dorme, o quanto se está presente) no equilíbrio físico e emocional.
Com base nos primeiros resultados, o diário inteligente mostra um novo caminho para o wellness digital: menos sobre “quantificar” e mais sobre “perceber”. Afinal, como diz Loureiro, “o verdadeiro progresso começa quando a gente passa a se observar com atenção, e não quando o relógio apita.”