Luciano Teixeira
Oeste Paulista

Tupi Paulista – A grama é azul

Recorremos a uma fábula brasileira, para nos conduzir a uma reflexão de como vivemos os tempos atuais.

No período da independência o povo brasileiro foi bastante exaltado, quando cantou o seu hino com orgulho.

O hino da independência do Brasil celebra a coragem e a liberdade do povo brasileiro, exaltando o momento da emancipação do país de Portugal.

A letra, de autoria de Evaristo da Veiga, foi composta sobre uma melodia de D. Pedro I para homenagear a Independência em 1822.

O hino descreve o fim da opressão colonial através da superação de “grilhões” e “perfídia”, além de enfatizar a luta e a resistência do povo brasileiro para conquistar sua autonomia. ”

Brava gente brasileira! / Ou ficar a pátria livre / Ou morrer pelo Brasil”:

O hino exalta a coragem do povo brasileiro e o compromisso com a liberdade, que deve ser conquistada a qualquer custo.

A instrução é a base para a independência de um povo, pois ela lhe confere a capacidade de pensar, questionar e decidir por si mesmo, tornando-o menos suscetível a influências externas e mais preparado para exercer a autonomia e a soberania.

Chegamos a fábula – O “burro e o tigre”, a grama azul é uma fábula que ensina sobre a importância de não discutir com pessoas que não estão abertas ao diálogo e à razão, especialmente quando elas estão cegadas por suas próprias convicções ou ignorância.

A narrativa, em resumo, conta que um burro afirma que a grama é azul, e um tigre discorda, dizendo que a grama é verde.

A discussão chega ao rei leão, que decide punir o tigre com silêncio, apesar de a grama ser verde.

O leão explica que a punição não foi pela cor da grama, mas por perder tempo discutindo com um burro que não aceita a realidade.

 

Moral da história, não vale a pena discutir com pessoas que não estão dispostas a ouvir argumentos e evidências, especialmente quando estão presas em suas próprias convicções, mesmo que equivocadas.

A pior perda de tempo é discutir com quem não se importa com a verdade, mas apenas com a vitória de sua própria opinião.

 

O Padre Agnaldo José escreveu para revista avemaria.com.br: “Mais do que palavras, conseguiremos ajudá-las praticando a mansidão e a paciência, também as aproximando do coração de Jesus, para que façam uma profunda experiência com Ele.

Sem esse encontro com a verdade que é Jesus é mais fácil viver iludido, com uma visão ofuscada da realidade.

 

Ouvir e acolher as pessoas são gestos de muito amor e misericórdia. Devemos ser carinhosos, atenciosos com todos os que vêm ao nosso encontro. Jesus quer que sejamos como um farol em nossa vida comunitária, familiar e social.

 

Não apenas uma luz, mas um verdadeiro farol que ilumina além do horizonte, porém, para sermos o que Ele quer que sejamos é fundamental a caridade com aqueles que acham que o capim é azul, que a grama não é verde.

 

Paciência , sim; discussão, não! Ouvir, sim; ficar horas e horas tentando convencer alguém a pensar como a gente, não! Mesmo que estejamos certos”.

Nunca perca tempo com discussões que não fazem sentido.

A fábula nos ensina que, em certos casos, é melhor evitar discussões inúteis e seguir em frente, em vez de perder tempo tentando convencer quem não quer ser convencido.

Outras possíveis interpretações: – A fábula também pode ser vista como uma crítica àqueles que se apegam a crenças falsas ou infundadas, mesmo diante de evidências claras do contrário. –

 

Pode ser uma reflexão sobre a importância da humildade e da capacidade de reconhecer nossos próprios erros e limitações.

 

– Em alguns contextos, a fábula pode ser usada para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a ignorância, e como a sabedoria pode ser inútil quando confrontada com a teimosia.

Chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde. (G.K. Chesterton).

 

No entanto, havia duas coisas que Chesterton não imaginou: primeiro, que a ironia se converteria em profecia; segundo, que hoje não somente é preciso mostrar que a grama é verde, mas também que a grama é grama. Bertolt Brecht:

“Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?” Se um dia descobrirmos a real cor da grama, seremos independentes.

Antonio Luciano Teixeira