Luciano Teixeira
Oeste Paulista

Tupi Paulista- Uma pedra no sapato

“Uma pedra no sapato” é uma expressão idiomática em português que significa um problema, obstáculo ou situação incômoda que perturba ou impede o progresso de alguém. Assim como uma pedra real no sapato causa desconforto e dificuldade ao caminhar, a expressão se refere a algo que causa aborrecimento, irritação ou impede o avanço em alguma área da vida.

 

No mês em que celebramos o dia dos avós, deparamos com o fatídico caso da fraude no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) com informações publicadas, o Instituto está atualmente focado na devolução de valores descontados indevidamente de aposentados e pensionistas, as investigações sobre fraudes envolvendo descontos associativos irregulares em aposentadorias e pensões continuam. Assim esperamos!

 

O Dia dos Avós é comemorado no Brasil em 26 de julho, tendo sido esta data escolhida por referência à comemoração do dia de Santa Ana e São Joaquim, que, segundo a tradição da Igreja Católica são pais de Maria e, portanto, avós de Jesus Cristo.

 

Não encontramos outro termo a não ser recorremos à escrúpulo ou a falta dele.

A palavra “escrúpulo” tem origem no latim “scrupulus”, que significa “pedrinha” ou “pedra pequena”.

 

No sentido figurado, o termo passou a designar uma pequena pedra que, ao incomodar o caminhar, causa hesitação e inquietação na mente.

Essa sensação de desconforto e dúvida acabou sendo associada à consciência, originando o significado atual de escrúpulo como uma dúvida ou hesitação em relação à moralidade de uma ação. A “falta de escrúpulos” significa a ausência de remorso, hesitação ou preocupação com a moralidade ao tomar decisões ou agir.

 

Uma pessoa sem escrúpulos age sem considerar as consequências éticas de suas ações, priorizando seus próprios interesses, muitas vezes de forma desonesta ou cruel, sem se importar com o impacto em outras pessoas.

 

Não há barreiras morais que impeçam a pessoa de fazer o que for necessário para alcançar seus objetivos, mesmo que isso envolva mentir, enganar ou prejudicar outros.

 

E foi o que aconteceu com os aposentados principalmente os mais necessitados. A falta de escrúpulos, portanto, é uma característica de comportamento que pode ter consequências negativas para a sociedade, minando a confiança e a ética nas relações interpessoais e institucionais.

 

“Quem rouba seu pai ou sua mãe e diz: “Não é errado” é amigo de quem destrói”. (Provérbios 28:24). Este provérbio (Provérbios 28:24) adverte sobre a gravidade de roubar dos próprios pais ou avós e justificar esse comportamento.

 

Ele sugere que essa atitude é um sinal de falta de respeito e amor pelos pais e uma indicação de que a pessoa está disposta a se associar com pessoas que não têm escrúpulos e que podem causar danos a outros.

– Aqueles que roubam seus pais e justificam esse comportamento são considerados amigos de quem destrói, ou seja, pessoas que não têm escrúpulos e que estão dispostas a prejudicar os outros para obter benefícios pessoais.

A Bíblia condena o roubo em várias passagens, incluindo o sétimo mandamento (“Não roubarás”) e outros versículos que enfatizam a importância da honestidade e da justiça.

 

O livro dos Provérbios é uma coletânea de ensinamentos e conselhos para a vida, escritos por Salomão, o rei mais sábio que já existiu. Entre os muitos provérbios que compõem o livro, encontramos um que condena aqueles que roubam seus pais e tentam justificar o ato. A expressão “lei do retorno” geralmente refere-se à crença de que as ações de uma pessoa, tanto boas quanto más, terão consequências correspondentes para ela no futuro.

 

É uma ideia que ecoa o conceito de causa e efeito, onde cada ação gera uma reação, um princípio presente em diversas filosofias e crenças. O artigo 102 do Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/2003) criminaliza a apropriação ou desvio de bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento da pessoa idosa, dando-lhes aplicação diversa da sua finalidade.

 

A pena para essa conduta é de reclusão de 1 a 4 anos e multa.

 

Em resumo: O artigo 102 do Estatuto do Idoso protege o idoso contra a subtração ou desvio de seus recursos financeiros, garantindo que seus bens sejam utilizados para sua finalidade original. “Resta a esperança de dias melhores.” Com a devolução a quem de direito, e a devida punição dos culpados pela falta de escrúpulo, que sintam a pedra no sapato!

Antonio Luciano Teixeira