Mortes por terremoto em Mianmar aumentam para 3.471
Equipes de resgate ainda buscam por desaparecidos, mas chuvas fortes atingiram o país e complicaram as buscas.
As mortes por conta do forte terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar há dez dias subiram para 3.417 pessoas, informou a mídia estatal do país neste domingo (6).
O tremor, o mais forte já registrado no país, atingiu as regiões do norte, centro e sul do país em 28 de março e também foi fortemente sentido na vizinha Tailândia e no sudoeste da China. Além dos mortos, 4.671 pessoas ficaram feridas e outras 214 ainda estavam desaparecidas, disse a mídia estatal neste domingo.
Equipes de resgate ainda buscavam por pessoas desaparecidas neste domingo, mas fortes chuvas que atingiram o país asiático neste fim de semana complicaram os trabalhos.
As agências de ajuda humanitária alertaram que a combinação de chuvas fora de época e calor extremo pode causar epidemias, inclusive cólera, entre os sobreviventes que estão desabrigados.
Os países vizinhos a Mianmar, como China, Índia e as nações do Sudeste Asiático, estão entre os que enviaram suprimentos de socorro e equipes de resgate na semana passada para ajudar no esforço de recuperação das áreas atingidas pelo terremoto, que abrigam cerca de 28 milhões de pessoas.
Os EUA, que até a posse de Donald Trump eram os maiores doadores humanitários do mundo, prometeram pelo menos US$ 9 milhões a Mianmar para apoiar as comunidades afetadas pelo terremoto.
Mas funcionários atuais e antigos dos EUA dizem que o desmantelamento do programa de ajuda externa dos EUA por Trump tem afetado a resposta ao desastre em Mianmar.
Marcia Wong, ex-funcionária sênior da agência norte-americana de apoio para desenvolvimento USAID, disse à Reuters que três funcionários que haviam viajado para Mianmar após o terremoto foram informados de que estavam sendo demitidos pelo governo Trump.