“O Digital mudou: quem não se adaptar, vai ficar para trás” Diz empreendedor digital
CEO do Grupo L8 fala sobe o futuro do digital e das redes sociais, apontando novos caminhos para empresas e criadores de conteúdos
O mundo digital está em constante transformação, e as empresas precisam se adaptar rapidamente para não ficarem para trás. Para falar sobre esse cenário, conversamos com Leandro Colhado, publicitário e CEO do Grupo L8, um hub de comunicação e serviços digitais de Presidente Prudente, com atuação em todo país. Ele compartilhou sua visão sobre a evolução das redes sociais e a importância da diversificação de canais. Para Leandro Colhado, a mudança digital é inevitável, e as empresas que não se adaptarem ficarão para trás. Apostar apenas em redes sociais é um erro estratégico, e a chave para o sucesso está na diversificação dos canais, na autenticidade do conteúdo e na criação de uma estrutura digital sólida.
As redes sociais mudam constantemente. Como você avalia o impacto dessas mudanças para empresas e criadores de conteúdo?

Esse é um tema muito polêmico. Hoje, estamos cada vez mais à mercê das redes sociais, mas nenhuma empresa pode depender exclusivamente de um único canal. O que aconteceu recentemente com o X (antigo Twitter) é um exemplo. Quem vivia dessa plataforma e não diversificou seus canais simplesmente ficou sem seu meio de atuação. Empresas e criadores precisam levar seu público para outros canais. O ideal é ter uma estrutura própria, como um site bem construído, além de estar presente em diferentes redes sociais. Sempre vão surgir novas plataformas, como o Telegram, que cresceu muito quando houve bloqueios no WhatsApp. O segredo é não depender de um único meio.
Quais passos você recomenda para empresas que desejam diversificar suas fontes de receita?
Hoje, é difícil não depender das redes sociais, pois o público está nelas. Mas o empresário precisa ter uma estrutura sólida fora dessas plataformas. É fundamental ter um bom Instagram, um bom LinkedIn e um Google Meu Negócio atualizado. Além disso, um site nunca perde relevância. Muitas pessoas dizem que sites estão ultrapassados, mas isso é um grande erro. Grandes portais de notícias, como a Globo, continuam extremamente relevantes. Uma dica essencial: se for investir em anúncios pagos, direcione para seu próprio site. O público pode não acessá-lo todos os dias, mas é lá que a empresa pode apresentar seus produtos e serviços com independência.
“Hoje, estamos cada vez
mais à mercê das redes sociais,
mas nenhuma empresa pode
depender exclusivamente
de um único canal”
Quais modelos de monetização você acredita serem mais sustentáveis para os criadores de conteúdo atualmente?
A monetização muda constantemente. Com a entrada de Trump, acredito que veremos mudanças significativas, com novas diretrizes para monetização no Instagram e Facebook. Se eu fosse um criador de conteúdo hoje, apostaria no TikTok. Essa plataforma não só oferece boas opções de monetização, mas também tem um alcance muito maior do que o Instagram, que limita a entrega dos conteúdos. A entrega no Instagram é muito baixa. Se você tem 100 mil seguidores, ele entrega seu conteúdo para apenas 2% deles. O TikTok não tem essa limitação, tornando-se uma ferramenta muito mais poderosa para creators e empresas.
Como você enxerga o futuro das redes sociais como canais de distribuição de conteúdo para empresas?
Uma empresa que não está nas redes sociais hoje já está fora do mercado. E com as inteligências artificiais revolucionando a criação de conteúdo, essa mudança está acontecendo de forma assustadoramente rápida. As empresas precisam estar bem-posicionadas nas redes sociais e criar conteúdo relevante de forma contínua. Se não fizerem isso, estarão perdendo dinheiro e visibilidade.
Como a L8 tem ajudado seus clientes a se adaptarem a esse cenário digital?
Na L8 não vendemos algo em que não acreditamos. Por isso, tiramos a empresa do modelo tradicional de marketing. Antes, era comum agências produzirem banners sazonais para redes sociais — Natal, Páscoa, ano-novo —, mas isso não funciona mais. Hoje, as redes sociais exigem conteúdo real, dinâmico e autêntico. Por isso, empresas precisam ter um videomaker interno, mostrando os bastidores do seu negócio e criando conexão com o público. Um exemplo é o prefeito Manga, de Sorocaba, que tem um videomaker acompanhando-o 24 horas por dia, gerando conteúdos autênticos sobre seu trabalho. Isso engaja muito mais do que qualquer arte gráfica padronizada. Na L8, focamos em criação de sites de alta performance, que não apenas apresentam a empresa, mas também captam leads e geram vendas. Hoje, digital é conteúdo de velocidade.
“Hoje focamos em criação
de sites de alta performance,
que não apenas apresentam a
empresa, mas também captam
leads e geram vendas”
Creditos: O Imparcial de Prudente