Janeiro Verde: esperam-se mais de 17 mil novos casos de câncer de colo do útero no Brasil em 2025
O terceiro tumor maligno mais frequente em mulheres, o câncer do colo do útero continua a desafiar políticas públicas de saúde, mas a prevenção, diagnóstico precoce e tratamento seguro são fundamentais para a cura
O mês de janeiro é marcado pela campanha “Janeiro Verde”, dedicada à conscientização sobre o câncer do colo do útero, o terceiro tumor maligno mais frequente nas mulheres brasileiras, atrás do câncer de mama e colorretal. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), esperam-se 17.010 novos casos em 2025 no Brasil.
Apesar dos avanços na prevenção e tratamento, no Brasil a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero, ajustada pela população mundial, foi de 4,60 óbitos para cada 100 mil mulheres, em 2020, segunda o IARC/OMS. De acordo com Rodrigo Nascimento, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), há atualmente várias opções de tratamento como a cirurgia, radioterapia, quimioterapia, sendo que cada paciente tem indicações especificas a depender do caso. “Antes mesmo de falarmos sobre os avanços nas diferentes modalidades de tratamento, devemos reforçar o papel da prevenção, pois o câncer do colo do útero é uma doença evitável”, comenta.
Aliás, o câncer do colo de útero é considerado como o mais evitável de todos, especialmente com a vacinação contra o papilomavírus humano (HPV), transmitido sexualmente, e responsável por mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero. Para o qual, há vacina gratuita disponível no Sistema Único de Saúde desde 2014, além da realização – inclusive no SUS – do exame de Papanicolau (que permite detectar lesões pré-câncer) e o exame molecular HPV-DNA, incorporado no SUS em 2024, que possibilita identificar a presença de HPV de alto risco antes que a infecção causa uma lesão pré-câncer).
“A vacinação contra o HPV é recomendada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, e é uma das estratégias mais eficazes para prevenir a infecção pelo vírus. O exame Papanicolau deve ser realizado anualmente por mulheres a partir dos 25 anos, para detectar alterações precoces nas células do colo do útero, antes que evoluam para o câncer”, explica Rodrigo.
A vacina contra HPV administrada antes que a pessoa tenha contato com o vírus garante, praticamente, 100% de proteção a essa infecção. Ainda em 2024, o Ministério da Saúde mudou a estratégia e ao invés de duas doses. Agora é dose única “Estamos diante de um cenário em que é possível o combate e controle do câncer de colo de útero, a equação que parece simples torna-se muito complexa já que o país ainda apresenta o câncer de colo de útero como terceira causa de morte entre as mulheres. Isso pode estar relacionado com a falta de adesão à vacina contra o HPV, disponível nos postos públicos e a dificuldade de acesso ao Papanicolau, principalmente, nas regiões mais pobres do país. Isso faz com que o Brasil ainda esteja longe da meta da OMS, que busca erradicar a doenças até 2030”, explica.
De acordo com o INCA, as taxas de sobrevida em 5 anos para mulheres diagnosticadas em estágios iniciais podem ultrapassar 90%, uma estatística que destaca a importância do acompanhamento médico regular. “A cirurgia, combinada com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, oferece altas taxas de cura nos estágios iniciais.”, completa Rodrigo.
Sobre a SBCO – Fundada em 31 de maio de 1988, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) é uma entidade sem fins lucrativos, com personalidade jurídica própria, que agrega cirurgiões oncológicos e outros profissionais envolvidos no cuidado multidisciplinar ao paciente com câncer. Sua missão é também promover educação médica continuada, com intercâmbio de conhecimentos, que promovam a prevenção, detecção precoce e o melhor tratamento possível aos pacientes, fortalecendo e representando a cirurgia oncológica brasileira. É presidida pelo cirurgião oncológico Rodrigo Nascimento Pinheiro (2023-2025).
via pressmanager.net
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