Luciano Teixeira
Oeste Paulista

Tupi Paulista – Chegou a hora da Confraternização

Chegando ao final do ano, muito se fala em confraternizar, entre colegas, amigos e familiares.

 

Mas será que todos são realmente fraternos? Ou tem a consciência da confraternização que celebram? A confraternização é um substantivo feminino que significa o ato de confraternizar ou conviver fraternalmente com outros indivíduos.

Uma confraternização é um convívio ou socialização, muitas vezes entre pessoas que têm sentimentos ou opiniões semelhantes.

Esta palavra tem origem no termo em latim medieval confraternitas, e revela uma manifestação amigável de confraternidade.

O dia 1 de janeiro é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia da Confraternização Universal.

Nessa data, todas as pessoas deveriam dialogar visando alcançar uma convivência pacífica nos restantes dias do ano.

Em inglês, a palavra confraternização é traduzida para fraternization. Ex: They get together everyday and give their neighbours a great example of fraternization. –

 

Eles se reúnem todos os dias e dão um grande exemplo de confraternização para os seus vizinhos.

Os cristãos primitivos, ou seja, a igreja no primeiro século da era cristã, tinham o hábito de viver em comunidade.

 

texto de Atos 2 tem uma descrição de como ocorriam essas reuniões.

Mas outros textos bíblicos, inclusive o que é informado indiretamente por Paulo aos Coríntios ao orientar sobre a prática correta da ceia do Senhor, revelam que eles tinham o costume de estar juntos, terem encontros sociais, realizarem festas juntos.

Já foi visto que a igreja precisa organizar eventos e ser festiva.

 

Os momentos de confraternização, que Paulo chama de Ágapes, ou reunião festiva de irmãos, consiste em um tipo de evento específico, quando ocorre um churrasco do grupo de cristãos, por exemplo, ou como parte dos demais eventos, quando é servido um lanche ao final do da reunião festiva.

Desde o Antigo Testamento há registros dessas ágapes. O Livro de Jó mostra que os filhos dele se reuniam rotineiramente, um na casa do outro, e faziam grandes festas.

 

Os judeus foram orientados por Deus a comemorar datas importantes, transformando essas comemorações em oportunidades para manter viva a memória dos feitos divinos. Então, a igreja deve ser uma comunidade festiva. Deve ser uma comunidade celebrante.

As confraternizações sociais são oportunidades para colocar em prática o amor fraternal.

São excelentes oportunidades para servir aos outros, para fazer serviços voluntários.

 

Esses serviços podem ser os mais simples, como servir sucos e refrigerantes às pessoas, recolher pratos e copos, lavar as vasilhas, providenciar cadeiras, como também podem ser serviços maiores, como coletar e preparar alimentos.

As confraternizações não podem ser vistas apenas como festas para o estômago.

Devem ser vistas principalmente como pontos de contato entre as pessoas.

Profissionais como pedagogos, psicoterapeutas, psicólogos e pediatras defendem o momento das refeições como importantes para a formação de vínculos e para a terapia comunitária.

Por isso, a Bíblia sempre associa os atos sagrados à alimentação coletiva, desde o Antigo até o Novo Testamento.

Que saibamos usar esses momentos para a glória do nome do Senhor.

Nesse contexto de confraternização incluem-se o Natal do Senhor que por vezes é celebrado nas confraternizações sociais e nem sempre é lembrado o aniversariante que dá sentido a toda a festa.

 

Bom seria se refletíssemos sobre isso! Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo. (Efésios 4:32)

 

Antonio Luciano Teixeira