Antonio Luciano Teixeira
OESTE PAULISTA

Tupi Paulista – A língua é uma ferramenta de comunicação

No mês de novembro dentre tantas outras datas importantes, destacamos o Dia Nacional da Língua Portuguesa, tão amada e muito desprezada por uma parcela considerável de brasileiros.

O Dia Nacional da Língua Portuguesa, comemorado em 5 de novembro, foi instituído pela Lei n. º 11.310, de 12 de junho de 2006.

A data foi escolhida em virtude do nascimento de Rui Barbosa, escritor e político brasileiro que se dedicou profundamente ao estudo da língua.

Ele nasceu em 5 de novembro de 1849. A linguagem é muito mais do que uma ferramenta de comunicação; é um repositório da memória coletiva, tradições e valores de uma comunidade.

As línguas indígenas encapsulam a essência da identidade cultural de seus falantes, carregando a sabedoria de gerações.

Quando alguém que fala uma língua nativa se cala, uma parte integral do patrimônio de uma comunidade é perdida.

Preservar e revitalizar línguas ameaçadas de extinção protege o conhecimento nelas embutido, permitindo que as futuras gerações se conectem com suas raízes. Atualmente, a língua portuguesa é o 5º (quinto) idioma mais falado do planeta.

Os relatos sobre o desprezo pelo conhecimento são evidentes na atual sociedade.

A Língua Portuguesa acaba sendo taxada de “ultrapassada”, “elitista”, “entediante”, até mesmo por aqueles que mais deveriam defende-la, ou seja, pessoas com algum acesso aos meios culturais.

“Língua, religião e alta cultura são os únicos componentes de uma nação que podem sobreviver quando ela chega ao término da sua duração histórica.

São os valores universais, que, por servirem a toda a humanidade e não somente ao povo em que se originaram, justificam que ele seja lembrado e admirado por outros povos.

A economia e as instituições são apenas o suporte, local e temporário, de que a nação se utiliza para seguir vivendo enquanto gera os símbolos nos quais sua imagem permanecerá quando ela própria já não existir. (Olavo de Carvalho, O Orgulho do Fracasso. In: O Globo, 27 de dezembro de 2003).

A Língua Portuguesa adquiriu um sentido restrito para os tempos atuais, erroneamente. Ensinada apenas como um emaranhado de regras de sintaxe e de normas do acordo ortográfico, podem levar os estudantes a sentir verdadeiro pavor com as suas nuances.

O discurso é um instrumento de prudência do qual dispõe o mensageiro, isso porque o domínio sobre a linguagem é o reconhecimento dos efeitos possíveis a partir das ideias que estão sendo impostas.

Conhecer a literatura não é uma aventura da linguagem, mas o desbravamento das possibilidades humanas, da qual é plenamente capaz de se extrair beleza até mesmo na maldade, sendo este o papel ético do escritor.

Para Aristóteles, “As palavras faladas são símbolos da experiência mental e as palavras escritas são símbolos das palavras faladas.

Da mesma forma como nem todos os homens escrevem da mesma maneira, nem todos os homens possuem os mesmos sons da linguagem, porém as experiências mentais, diretamente simbolizadas pelos sons, são as mesmas para todos, da mesma forma como os objetos que são as imagens das nossas experiências”. (ARISTÓTELES. Sobre a Interpretação. In: DILTS, Robert B. A Estratégia da Genialidade.

Vol. I. São Paulo: Summus Editorial, 1998, p. 87).

Concluindo nossa viagem nesta data da comemoração da Língua Portuguesa, onde buscamos pesquisar em algumas fontes como: www.locusonline.com.br; www.bureauworks.com, etc…

descobrimos também que o texto considerado mais antigo da língua portuguesa é um de 1175, chamado Notícia de Fiadores, mas é muito difícil entendê-lo.

Busquemos preservar nossa língua que é nossa ferramenta de comunicação!

Antonio Luciano Teixeira