Caiuá – Caso de leishmaniose visceral em menino de 2 anos
A cidade de Caiuá confirmou nesta sexta-feira um caso de leishmaniose visceral em uma criança de 2 anos e 9 meses, do sexo masculino. O menino está internado no HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente, onde segue em tratamento contra a doença.
Em resposta ao ocorrido, a Secretaria Municipal de Saúde de Caiuá informou que já foram iniciadas ações de controle e vigilância na área onde a criança reside. De acordo com a pasta de Saúde do município, as medidas seguem o Manual de Vigilância e Controle da LVA (leishmaniose visceral americana) do Estado de São Paulo e incluem atividades de vigilância epidemiológica, busca ativa de casos sintomáticos, seleção de imóveis considerados de risco e levantamento entomológico para monitorar o vetor transmissor.
Além disso, a Secretaria de Saúde de Caiuá indicou que a administração municipal está trabalhando na divulgação de informações à população sobre a presença do vetor no município e os riscos de transmissão da doença. Entre as orientações preventivas, está a importância da proteção contra a picada do mosquito transmissor e outras medidas de prevenção, como manter quintais limpos e evitar o acúmulo de matéria orgânica que possa atrair o vetor.
Leishmaniose visceral
Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral americana é uma doença infecciosa grave causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido ao ser humano pela picada de fêmeas infectadas de mosquitos flebotomíneos, popularmente conhecidos como mosquito-palha, birigui ou cangalhinha. Essa doença afeta tanto humanos quanto animais, principalmente cães, que são os principais reservatórios do parasita no ambiente urbano.
De acordo com o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é uma das principais zoonoses (doenças que podem ser transmitidas entre animais e seres humanos) no Brasil e ocorre principalmente em áreas rurais e periféricas urbanas. A doença apresenta uma alta letalidade, especialmente quando o diagnóstico e tratamento não são realizados precocemente. Entre os principais sintomas estão febre prolongada, perda de peso, fraqueza, aumento do fígado e do baço, além de anemia.
O tratamento da LVA é oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e envolve o uso de medicamentos específicos que devem ser administrados com acompanhamento médico. Além do tratamento, medidas de prevenção e controle são essenciais, como o combate ao mosquito vetor, o controle de animais infectados e a proteção individual contra picadas.
Entre as principais formas de prevenção estão:
• Controle do mosquito vetor: ações de limpeza urbana e manejo ambiental, eliminando locais onde o mosquito possa se reproduzir.
• Proteção individual: uso de repelentes e telas em portas e janelas.
• Controle de reservatórios animais: medidas voltadas à vigilância de cães e tratamento ou sacrifício de animais infectados, conforme orientações sanitárias.
Creditos: O Imparcial Digital