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OESTE PAULISTA

Presidente Prudente – 25 acusados de praticar fraude eletrônica identificado pela Polícia Civil

Vinte e cinco pessoas foram identificadas pela Polícia Civil de Presidente Prudente como participantes de uma quadrilha que praticou o crime de fraude eletrônica contra dezenas de moradores da capital, bem como demais municípios do oeste paulista.

Em prosseguimento a investigação da 1ª DIG/Deic-8 (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais) foi deflagrada nesta quarta-feira a Operação Duplus, com o objetivo de dar cumprimento a 28 mandados de buscas domiciliares em oito cidades dos estados de São Paulo, Bahia e Distrito Federal, locais de residência dos acusados, que responderão a procedimento pelos delitos de estelionato com fraude eletrônica, falsa identidade, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de capitais.

A 1ªDIG/Deic-8 instaurou inquérito policial para investigar o crime depois de ser procurada por uma vítima prudentina, que teve um prejuízo de quase R$ 30 mil, no ano passado. “Em pouco tempo, vislumbrou que, em verdade, não se tratava de caso isolado.

Mas, outras dezenas de vítimas foram sendo catalogadas como pagantes enganados pela mesma fraude eletrônica”, destaca o Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior).

De acordo com o delegado titular da 1ª DIG/Deic-8, Pablo Rodrigo França, as ordens judiciais cumpridas nesta quarta-feira, em Vitória da Conquista (BA), Distrito Federal, Ribeirão Preto, São Paulo, Diadema, São Vicente, Santos e Praia Grande, tinham o intuito de coletar novos materiais eletrônicos para conclusão da investigação policial e futura responsabilização dos suspeitos.

O objetivo central da operação, intitulada “Duplus”, que no latim significa “o dobro”, que é o valor prometido às vítimas sobre o lucro do investimento rápido, foi de desarticular a organização criminosa que utiliza artifício em fraude eletrônica para cometer o golpe contra moradores de Prudente e região.

O Deinter-8 explica que os suspeitos agem, primeiro, hackeando páginas de perfis de uma rede social.

Na sequência, utilizando os perfis das vítimas, passam a publicar anúncios “de investimento rentável, com lucros altos, já indicando suposta corretora desses valores”.

“Depois, com o testemunho presenciado por várias pessoas adicionadas [tudo fake], algumas delas mantém contato onde são direcionadas a outras pessoas ou empresas também fakes que, com as mesmas promessas e com a fraude desses cadastros, induzem as vítimas que vêm os anúncios a investirem valores para rentabilidade alta, com depósito em pix”, relata o órgão.

“Parte dos contatados fazem o pagamento e, apenas depois do encontro ou contato por linha direta com os amigos reais, descobrem o crime [e que seguiam orientações de um perfil invadido]”, ainda esclarece.

O departamento pontua que, considerando o relevante número de casos idênticos verificados em registros de vítimas em Prudente e região, além da multiplicação dos anúncios e prejuízos durante o tempo da investigação, tais informações foram encaminhadas ao Seccold (Setor Especializado de Combate aos Crimes de Corrupção, Crime Organizado e Lavagem de Dinheiro) para análise e emissão de relatório técnico.

“Com meses de ações de inteligência, em atos legítimos autorizados pela Justiça e pareceres favoráveis do Ministério Público Estadual, com os cruzamentos de informações em fontes abertas e fechadas, em tese, houve o desvendamento dos crimes que possibilitou a representação cautelar policial que subsidiou o deferimento de 28 mandados de buscas domiciliares”, ressalta o órgão.

 

Créditos : O Imparcial de Prudente