Antônio Luciano Teixeira
OESTE PAULISTA

Tupi Paulista – “Free Flow”é realidade no Brasil

Cobrança eletrônica de pedágio

Traduzido do inglês, FREE FLOW é a cobrança eletrônica de pedágio é um sistema sem fio para coletar automaticamente a taxa de uso ou o pedágio cobrado de veículos que usam estradas com pedágio, pontes de pedágio e túneis de pedágio e as faixas HOV (High Occupancy Vehicle).

Muitas cidades têm incluído essas faixas nas estradas. As faixas HOV são reservadas para carros com um determinado número de passageiros (geralmente duas ou três pessoas por carro). Os motoristas têm um incentivo ao transporte solidário, reduzindo o número total de carros na estrada. O sistema free flow é um desafio, mas também é a agilidade e eficiência nas rodovias brasileiras.

Na BR-101 (Rio-Santos), entre Ubatuba (SP) e a cidade do Rio de Janeiro, o free flow – sistema de pagamento automático de pedágio – funciona por meio de equipamentos de monitoramento instalados em 3 pórticos localizados no Estado do Rio de Janeiro nos km 414 (Itaguaí), km 447 (Mangaratiba) e km 538 (Paraty), com capacidade de identificar 100% das passagens, seja por TAG ou leitura da placa.

O pedágio free flow é um sistema inovador que elimina as praças de pedágio tradicionais, permitindo que os motoristas paguem com base na distância percorrida, sem parar ou reduzir a velocidade.

O novo sistema conta com pórticos, estruturas equipadas com câmeras, sensores e antenas que permitem a identificação dos veículos, o cálculo das tarifas de pedágio e a coleta de dados.

Uma das maneiras é via TAG de cobrança, dispositivo eletrônico que é colocado no para-brisa. Ela contém informações exclusivas associadas ao veículo, como um número de identificação único.

Já o reconhecimento de placa funciona da seguinte forma: quando um veículo se aproxima de um pórtico de pedágio free flow, as câmeras capturam imagens da placa do veículo.

Vale dizer que essas câmeras são projetadas para capturar imagens claras, mesmo em condições de baixa visibilidade, como chuva, neblina ou escuridão, a fim de garantir a precisão do sistema.

Com base na identificação da placa e na distância percorrida pelo veículo, o sistema calcula o valor da tarifa de pedágio. Esse valor é, então, associado à conta do proprietário do veículo para cobrança posterior.

Além disso, o sistema registra dados relacionados à passagem do veículo, como a data, hora e local. Esses registros são úteis para fins de controle de tráfego e para garantir a precisão das cobranças.

O pagamento pode ser realizado de diferentes maneiras, dependendo das preferências e da conveniência dos motoristas.
No atual sistema brasileiro de pedágio free flow, após a passagem do veículo, o valor da tarifa estará disponível para pagamento em até 48 horas. Para efetuar o pagamento, os motoristas pode escolher uma destas opções:

WhatsApp; Aplicativo CCR RioSP (iOS ou Android): Site ou aplicativo da CCR RioSP:

Em caso de opção de pagamento presencialmente, o motorista pode dirigir-se aos estabelecimentos credenciados pela concessionária ao longo da BR-101:
Posto Parada Legal: km 409,9 da pista no sentido Rio de Janeiro, em Itaguaí (RJ).

Posto Velamar: km 533,8 da pista no sentido São Paulo, em Paraty (RJ).

Hotel Porto de Itacuruçá: Avenida Barão Drubscky s/n Lote 02, em Mangaratiba (RJ).

Esses locais funcionam 24 horas por dia, sete dias por semana, e aceitam pagamento em dinheiro, cartão de débito e Visa Vale Pedágio.
A adoção do pedágio free flow no Brasil traz uma série de vantagens para o setor de transporte. Uma delas diz respeito à cobrança mais justa, já que os motoristas pagam apenas pelo trecho efetivamente percorrido.

A implementação do pedágio Free Flow no Brasil enfrenta alguns desafios significativos que precisam ser superados para que o sistema funcione eficazmente.
Um deles diz respeito à cultura de pagamento manual nas praças de pedágio.

Muitos motoristas estão acostumados a pagar em dinheiro ou cartão nas cabines, o que exige uma mudança nesse comportamento.

Além disso, os motoristas que não possuem uma TAG de cobrança precisam se adaptar a novas formas de pagamento, como o uso de aplicativos móveis, sites e carteiras digitais, como o PIX.

Apesar dos desafios, o free flow representa uma oportunidade significativa para melhorar a eficiência do pedágio no Brasil, tornando-o mais justo e ágil. outros estados estudam a possibilidade de implantação desse sistema de cobrança de pedágio.

O assunto ainda é insipiente, porém já é realidade brasileira.

Antonio Luciano Teixeira