Primeiro cateterismo em recém-nascido pelo SUS é realizado no Tocantins
A pequena Heloísa entrou para a história do serviço de saúde pública do Tocantins com apenas 43 dias de vida. A bebê que nasceu prematura, com aproximadamente quilos, foi a primeira recém-nascida a passar por um cateterismo cardíaco, realizado no SUS.
Diagnosticada com Persistência de Canal Arterial (PCA) ela foi atendida pelos médicos especialistas no Hospital Geral de Palmas (HGP). A bebê passou pelo atendimento que evitou uma cirurgia de peito aberto e inaugurou uma nova era no Tratamento de neonatos no Tocantins.
A bebê veio de Araguaína (a 382 km de Palmas) para a realização do procedimento. No Hospital a família contou que a condição cardíaca foi identificada logo após o nascimento, por meio de exames, e que a medicação não surtiu efeito.
Especialistas envolvidos
Paulo Correia Calamita, médico especialista em cateterismo cardíaco pediátrico no Tocantins, explicou as razões pelas quais o cateterismo é recomendado para casos como esse.
“A Persistência do Canal Arterial, especialmente em crianças dessa faixa etária, pode acelerar complicações pulmonares, como broncodisplasia, bem como levar a insuficiência cardíaca, enterocolite, disfunção e infecção intestinal, além de afetar o funcionamento dos rins e do sistema nervoso”, contou o profissional em entrevista ao Só Notícia Boa.
“Esses pacientes têm dificuldade para ganhar peso e se alimentar normalmente, frequentemente dependendo de sonda e oxigênio por longos períodos”, concluiu Dr. Paulo.
Jonathan Guimarães Lombardi, cardiologista pediátrico, comentou sobre a recuperação da paciente.
“No caso específico dessa paciente, um prematuro nascido com 30 semanas, que com apenas 43 dias de vida pesa cerca de 2 kg, as primeiras 24 horas após o procedimento foram surpreendentes. Ela já não necessitava da sonda, mamava sem cansaço e não precisava de oxigênio, demonstrando uma recuperação notável que comprova o sucesso do cateterismo.”
Fonte: Só Notícia Boa – Foto: Ilustrativa