Ministério Público acompanha investigações sobre morte de cantora no Acre
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Três promotores de Justiça que atuam nas Varas do Tribunal do Júri de Rio Branco vão acompanhar as investigações com a Polícia Civil. Equipe do CAV também foi acionada para prestar assistência e orientação à família de Nayara Vilela. Cantora foi achada morta na noite dessa segunda (24) dentro da casa que vivia com o marido. Cantora Nayara Vilela foi achada morta dentro de casa na noite dessa segunda (24)
Reprodução/photoartac
O Ministério Público do Acre (MP-AC) designou três promotores de Justiça para acompanhar as investigações sobre a morte da cantora Nayara Vilela, de 32 anos, que ocorreu na noite dessa segunda-feira (24) dentro da casa que ela vivia com o marido na Estrada das Placas, em Rio Branco.
A Polícia Civil investiga se a cantora foi instigada ao suicídio pelo marido ou se o crime se trata de um feminicídio.
Imagens que circularam nas redes sociais mostram uma discussão entre a cantora e o marido momentos antes e foram esses vídeos que levaram a Polícia Civil a levantar a suspeita do crime de induzimento ou instigação ao suicídio.
Nesta terça (25), os promotores Efrain Mendoza, Teotônio Soares e Carlos Augusto Pescador, que atuam nas Varas do Tribunal do Júri de Rio Branco, foram nomeados para acompanhar junto à Polícia Civil as diligências e o desdobramento do caso.
“Precisamos saber as circunstâncias em que o fato ocorreu e vamos acompanhar de perto as investigações até que tudo seja devidamente esclarecido”, destacou o procurador-geral do MP-AC, Danilo Lovisaro do Nascimento.
Outra medida adotada pelo órgão estadual foi o acionamento do Centro de Atendimento à Vítima (CAV), que conta com uma equipe multidisciplinar, para prestar assistência e orientação à família de Nayara.
Cantora é achada morta e marido vai à delegacia prestar esclarecimentos em Rio Branco
Investigações
Ao g1 nesta terça, a delegada titular da Delegacia da Mulher de Rio Branco (Deam), Elenice Frez, informou que o marido de Nayara, Tarcísio Araújo, foi ouvido, inicialmente, como testemunha e que o caso foi encaminhado à delegacia da 3ª Regional.
No entanto, o delegado Karlesso Nespoli, da 3ª Regional, destacou que, ao analisar preliminarmente as imagens, surgiu a dúvida sobre o possível induzimento ao suicídio e, portanto, o caso vai voltar para a Deam. Isso porque, caso seja confirmado o crime, se trata de violência doméstica.
“Nós já fizemos todas as diligências preliminares e urgentes, como perícia, coleta de imagens, vídeos que circularam, aparelho de celular e arma de fogo. Inicialmente, a DHPP e Deam descartaram o homicídio/feminicídio, mas pairou uma dúvida se esse suicídio, que possivelmente vai se confirmar, teve instigação ou induzimento por parte do marido dela. Então vai precisar ser feita uma análise no celular dela, analisar imagens de dentro da residência que nós coletamos. Estou devolvendo para a Deam, tendo em vista que, se caracterizar isso, é uma violência doméstica. O feminicídio está praticamente descartado, mas vamos aguardar o laudo conclusivo”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, o marido da cantora é atirador esportivo e a arma estava registrada e legalizada.
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